Oficina de avaliação apresenta pesquisas sobre baías
Notícia publicada pela Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Coordenadores dos nove projetos apoiados pela Chamada Pública MCTIC/CNPq – Nº 21/2017 – Pesquisa e Desenvolvimento em Ações Integradas e Sustentáveis nas Baías do Brasil estiveram reunidos para a 1ª Oficina de Avaliação e Monitoramento. O encontro aconteceu na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) nessa quarta-feira, 26.
Os projetos selecionados estão em seu primeiro ano de execução e a Oficina de Trabalho buscou agregar conhecimentos sobre as Baías do Brasil e estabelecer um canal de comunicação entre os pesquisadores e uma colaboração entre as equipes de pesquisadores selecionados.
Os pesquisadores do projeto Panorama histórico e perspectivas futuras frente a ocorrência de estressores químicos presentes no Complexo Estuarino de Paranaguá (EQCEP), César Martins e Renata Nagae, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), relatam que o maior desafio de desenvolver o projeto no termo cientifico é que a região, litoral do Paraná, tem uma ocupação industrial e de atividades portuária muito grande, então os dados obtidos são pontuais que, não necessariamente se comunicam espacialmente. Segundo eles, é difícil ter uma visão mais espacial das atividades e saber detectar o impacto, pois nem sempre esse impacto ocorre na mesma região da atividade desenvolvida por estar inserido em um sistema maior. “A gente agrega uma região que tem uma das reservas da Mata Atlântica ainda preservadas. Então o grande desafio é fazer um levantamento bem específico e bem detalhado de quais são as condições ambientais daquele local”, completa, César Martins. O projeto é em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Prof. César Martins apresenta andamento do seu projeto durante a oficina. Foto: Roberto Hilário/CNPq
Outro projeto apoiado pela chamada avalia a alteração dos estoques de carbono ao longo dos últimos 40 anos na Baía de Todos os Santos (BA). A professora do Centro Interdisciplinar de Energia e Ambiente da Universidade Federal do Maranhão (CIENAM /UFMA), Vanessa Hatje, que integra o projeto, explica que o estudo está focado, principalmente, nos carbonos acumulados em ambientes costeiros vegetados, como os manguezais e gramas marinhas. Para isso, são utilizadas várias ferramentas tais como o sensoriamento remoto, análises metagenômicas, analises elementares de carbono. Além disso, o projeto também visa ao monitoramento associado a contaminantes orgânicos e inorgânicos e o monitoramento da hidrodinâmica da Baía. “O que nós estamos propondo para essa nova etapa da pesquisa é aprofundar os conhecimentos nas mudanças climáticas e como esses ambientes vegetados podem contribuir para mitigação desses efeitos, através das estocagens de carbono nesses sistemas”, explica a professora.
A chamada, lançada no final de 2017 pelo CNPq e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) teve como valor global o total de R$ 3,92 milhões para despesas com custeio, capital e bolsas e foram contratados 4 projetos na Linha 01 – Principais Baías do Brasil (Baía de Todos os Santos (BA), Baía da Guanabara (RJ) e Baía de São Marcos (MA) e 5 projetos na Linha 02 – Outras Baías do Brasil